quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Guilherme Bertin - Entrevista


Uma entrevista com Guilherme Bertin, o Gabriel do curta Simples Assim. Guilherme com teu talento presenteou a todos com uma atuação convincente de um personagem tão complexo. abaixo uma breve conversa que tivemos com ele.

TOMATS FILMES: Fale um pouco sobre você

     Guilherme Bertin, 22 anos, comecei em 2009 após um bizarríssimo convite para gravar no dia seguinte em um cemitério o curta "Rendez-vous", pela oficina "Tela Brasil", lá conheci João, Jovemwill e Thiago, desde então eles sempre me chamam. Em 2010 gravamos o curta "O Figurante" pela oficina "Curta Jovem". Participei também de um projeto de filme livre com Orestes Toledo, o historiador do MIS (Museu da Imagem e do Som), e Roberto V.R.F., o filme se chama "A Solidão Enferruja Âncoras" e é o segundo de uma série de quatro curtas, nele também participou a Vanessa Santarosa. Com os Tomats participei de "Como não Fazer um Filme" e "Simples Assim". Há quatro anos contribuo no MIS com ciclos de cinema por nacionalidade, sempre em fevereiro.

TF: O que te levou para o ramo artístico?

   Não gosto de atropelar nada, então senta que lá vem história (risos). Quando eu era adolescente, devido a convivência com um grande amigo, passei a me interessar muito por arte, fomos descobrindo tudo juntos, música, cinema, literatura... aflorando a mente, e desenvolvendo opiniões (risos). A vontade de trabalhar com algo do tipo veio logo, já que eu vivia largado procurando sentido e respostas para as coisas.
Fiz aulas de violino durante um ano, tive que parar por um motivo orçamentário... logo deixei de lado, mas acho que ainda arranho uma "Asa Branca" (risos). Depois de um tempo, final de 2007, descobri que um amigo de infância fazia parte de um grupo de teatro, sendo que o mesmo nunca havia me dito... então resolvi conferir. Passei a integrar a Cia Teatral Maktub de Sumaré/SP, foi lá que conheci a pessoa mais importante na minha vida, o ator, diretor e fundador do grupo Moises Allon que em pouco tempo se tornou um pai para mim. Com a intenção de trabalhar no ramo artístico descobri muito mais do que um trabalho, comecei a mudar aos poucos, eu não era mais o mesmo, fui tragado para um mundo lúdico, bonito... eu podia voar, ser um Rei... mocinho ou bandido. Aprendi a expulsar ao máximo minhas emoções, num brado espirituoso de amor e humanismo. Mas faltava algo ainda...
   No fim de 2008 fomos fazer uma apresentação de palhaços na cidade de Santo Antônio de Posse/SP, durante a mesma, uma menininha se apegou muito a nós, pude sentir uma troca de energia muito pura e aconchegante, pois naquele dia... naquele momento, eu fui importante pra alguém, talvez eu tivesse encontrado ali o sentido que estava faltando.
Porém a vida artística é muito ocilante, feita de constantes redefinições, descobertas e arrepios... e já não sei se é essa a questão... não sei mais qual é a questão... e é óbvio que nunca foi o dinheiro, estrelato e fama, isso sim seria uma total falta de sentido. Por enquanto o meu objetivo é externalizar minha luz interna a ponto de conhecer mais sobre mim mesmo... e depois de considerar tudo isso, é preciso pensar em pagar as contas (risos).
Se eu levar a palavra sonho ao pé da letra, gostaria de ter uma casa em Paquetá... é bom sonhar... (risos).

TF: Qual a sua expectativa e como você se sente participando do projeto Tomats filmes?


   Tenho uma paixão absoluta pelo cinema, por ser uma das artes mais viscerais que existe, suja, podre e as vezes até um incômodo... pois é assim que deve ser. Gosto de defender um cinema de ideias, por mais perturbadoras que sejam, pois ele nunca deve ser feito para o conforto do espectador, assim como em qualquer outra arte... é bem complicado fazer isso considerando que o mundo todo está muito precupado em saber o destino de "Bella e Edward", resultado do tal conforto...
Nos Tomats é possível notar uma coisa difícil de se encontrar, muito esforço e uma grande vontade de fazer as coisas mesmo com poucos recursos, isso é bonito de se ver... porém ainda acho que está faltando a grande ideia.
   Tenho aceitado participar por que até então venho me divertindo, a partir do momento em que não me divertir mais... não o farei mais.


TF- Guilherme em uma palavra?

Brisa.

TF - Como foi fazer a personagem Gabriel do Simples Assim?
  
    A princípio até achei ele um pouco parecido comigo, depois percebi que ele possuía mesmo defeitos como os meus, só que muuuuiiito exagerados, o que faz dele um tremendo bobão (risos)... pô, o cara nem se mexia no teste "véio"... só pra baixo... baita moscão (risos). Não sei responder essa... me diverti... sei lá... foi normal... (risos).


Logo postaremos mais coisas em relação a Guilherme Bertin, por hora aproveitem e curtam este bate papo com este talentoso artista que tivemos o prazer de trabalhar. Até a próxima!
















1 comentários:

Anônimo disse...

Bacana! Sucesso!

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